terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Picuí é destaque na Educação Nacional


Aluna da Escola Professor Lordão é destaque Nacional

A aluna Izabel da Silva Rodrigues ( 2º ano do Ensino Médio) ficou entre as finalistas da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa e esteve representando Picuí em São Paulo e Brasília em Novembro 2010 junto com sua professora Dircineide Neves Dantas. Izabel teve seu artigo reconhecido pela comissão avaliadora e recebeu medalha de prata em sua categoria, artigo de opinião. O texto, orientado pela professora Dircineide aborda a problemática ambiental, tema que Izabel se especializa desde o ensino fundamental, quando foi selecionada para representar a Paraíba na Conferência Nacional do Meio Ambiente. Além de Izabel, Ezielma aluna da cidade de Baraúna e Rossana de pedra Lavrada tiveram suas redações selecionadas, sendo que Rossana Ficou com o ouro.

Izabel Rodrigues é a prova concreta de como a educação pode abrir novas portas, perspectivas, futuro. A prova da dedicação da educação de Picuí aos seus filhos. Parabéns Izabel, Ezilelma, Rossana e suas professoras que acreditam na educação como o caminho. Nosso orgulho!


Veja o texto de Izabel:

Quais as melhores maneiras de resolver o problema do destino do lixo em Picuí?

Izabel da Silva Rodrigues

Picuí, situada no interior paraibano, é uma cidade muito bela e repleta de história, cultura e diversão. Tenho muito orgulho de viver aqui. No entanto, como a maioria das cidades brasileiras, Picuí tem problemas e desafios, entre eles o que chama minha atenção em relação aos trabalhos ambientais, especialmente no que diz respeito à destinação dos resíduos sólidos que são depositados sem nenhum tratamento no lixão da cidade, o que pode ocasionar danos à saúde da população, isso porque o principal reservatório do município, o açude Serraria, tem sua bacia localizada abaixo do lixão e nos seus arredores. Dessa forma está suscetível à contaminação por chorume, que é altamente tóxico.

Mesmo assirn ha quem pense que depositares resíduos no lixo é natural, pois a cidade é pequena e a construção de um aterro sanitário para resolver o problema não é viável, também porque os lixões são comuns em todo o Brasil.

Que a construção de um aterro sanitário não é viável é verdade, mas acredito que exis­tam outras formas de amenizar os problemas do lixo e evitar que ele se acumule. É sabido também, de acordo com dados do IBGE de 2000, que 64% dos municípios brasileiros de­positam seus resíduos em lixões. Assim, de maneira inadequada, o lixo é acumulado a céu aberto sem nenhum critério técnico ou tratamento prévio do solo, o que é um absurdo. Mas, só porque na maioria dos municípios isso ocorre, Picuí é obrigado a fazer o mesmo?

Afinal, sabe-se também que esse tipo de destinação para os resíduos sólidos provoca sérios problemas, pois, além do mau cheiro e da degradação das paisagens, são colocados em risco o meio ambiente e a saúde pública, sem falar que os lixões são um triste meio de vida para alguns segmentos excluídos da sociedade, que trabalharn e vivem em situações indignas e insalubres.

Diante de tudo isso, me pergunto: "Será que o poder público e a sociedade não podem fazer algumas ações que minimizassem esse quadro?"

Já que não é viável a construção de um aterro sanitário, o poder público deveria empe­nhar-se em organizar uma coleta seletiva, incentivar a reciclagem, podendo assim oferecer urna qualidade de vida melhor para aqueles que não tem outra alternativa, a não ser o lixão. A sociedade poderia se comprometer em separar o lixo, assim como em gerar menos resíduos, praticando um consumo consciente de acordo com o 5Rs: refletir, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar.

Assim, resolver o problema do lixo em Picuí seria mais fácil, melhorando a vida de muitas pessoas, gerando renda e contribuindo para a construção de uma cidade mais sustentável para as atuais e futuras gerações.

Professora Dircineide Neves Dantas Cidade: Picuí – PB

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