A Escola é um dos
espaços em que as crianças, adolescentes e adultos expressam seus sentimentos
através de diferentes linguagens. Artes cênicas, Artes visuais, Artes
plásticas, expressão corporal, música, etc. É através deste ambiente que o jovem poeta
Moura vem tornar público uma de suas habilidades: A poesia.
Leitor dedicado,
Francisco Moura é aluno da Educação de Jovens de Adultos - EJA da Escola Estadual Professor Lordão e tem nos versos
de Augusto dos Anjos um pouco de sua inspiração. Aluno premiado em 2014 na
Feira de Ciências do Instituto Federal de Educação da Paraíba - IFPB/Picuí dedica parte de
seu tempo a composições que expressam sentimentos, valores, sua filosofia de vida.
Francisco Moura de
Macedo Neto nasceu em 31 de março de 1993 em Picuí, Paraíba. Filho de uma
família pobre, desde criança demonstrou certa curiosidade por coisas de
natureza cientifica. Nunca conheceu o pai, pois esse abandonou sua mãe quando
ainda ele era um bebê. Por sorte seus avôs o adotaram, pois na época a mãe não
tinha condições de criar a pequena criatura anêmica.
Para iniciar nossa publicação semanal, escolhemos o poema a seguir. Espero que apreciem. Boa leitura.
Espelho
É no silencio da noite
Mais turva e tenebrosa
Que coisas bizarras e imagens
Estranhas me aparecem.
Acordo assustado, os pesadelos
Retornaram pra me fazer cativo do medo.
Ao derredor de uma vela acesa
Há muitos mistérios obscuros.
O lampejo da pequena chama
Revela as singularidades de uma
Sombra que si movimenta por entre
As paredes do meu quarto.
É nesse instante que o
Temor si apossa de mim ser tão fraco,
Há uma força que se oculta nas profundezas
Da matéria vítrea daquele espelho antigo.
Quando despertada recai sobre mim
Toda sua verdade sobre quem eu sou.
Além da escuridão que sinto
Cair sobre meus ombros
O pesado fardo da solidão.
O vento frio invadiu meu recinto
Dissipando a chama da pequena vela.
Já não vejo os movimentos das sombras da parede.
O fim de tudo é a exaurida escuridão.
F. Moura